Todos os anos, o Índice Global de Inovação conduzido pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, em parceria com a Cornell SC Johnson College of Business, classifica o desempenho em inovação de mais de 130 economias em todo o mundo.
Com as expectativas de queda do PIB global devido à pandemia do novo coronavírus, como ficarão os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)?
O Brasil melhorou quatro posições no Índice Global de Inovação (IGI) na comparação com 2019. Os números de 2020, divulgados na manhã desta quarta-feira (2), mostram que o país passou da 66ª para a 62ª colocação no ranking que abrange 131 países.
“A pandemia do coronavirus (COVID-19) desencadeou uma paralisação econômica global sem precedentes. Ao finalizarmos a edição do IGI 2020, as medidas restritivas estão apenas começando a ser atenuadas, enquanto os temores de uma possível “segunda onda” permanecem sendo muito fortes.”
A crise atual atingiu o panorama da inovação num momento em que a inovação estava florescendo. Em 2018, os gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) cresceram em 5,2%, ou seja, significativamente mais rápido do que o crescimento global do PIB, após a rápida e sólida recuperação da crise financeira de 2008-2009. O capital de risco (CR) e a utilização da propriedade intelectual (PI) atingiram o nível mais alto de todos os tempos.
“Nos últimos anos, a determinação política de fomentar a inovação tem sido forte, inclusive nos países em desenvolvimento. É uma tendência relativamente nova e promissora com vista à democratização da inovação para além de apenas um número seleto de economias de ponta e clusters.”
Para enfrentar obstáculos, temos de compreender o problema. O Índice Global de Inovação oferece-nos indicadores de informação que nos mostram onde se encontram os maiores desafios à inovação. O resultado provável desse movimento, juntamente com o relatório, é que o capital de risco levará um período maior para se recuperar do que os gastos com Pesquisa e Desenvolvimento.
Por ser indispensável para a estratégia das empresas, especialmente em momentos de crise, existe a esperança de que a inovação não registre uma queda tão significativa quanto anunciam as previsões.
O estudo destaca como as transações que demandam capital de risco estão em declínio em toda a América do Norte, Ásia e Europa. Junto a poucos IPOs à vista, as startups que resistirem poderão se tornar menos atraentes e rentáveis para os investidores.
As posições do Índice Global de Inovação indicam que, em 2020, a geografia da inovação segue se transformando. Nos últimos anos, China, Vietnã, Índia e Filipinas foram as economias com o progresso mais significativo em sua classificação relativa à inovação.
As quatro nações estão, agora, no grupo das 50 principais economias. Suíça, Suécia e EUA lideram as classificações de inovação, seguidos pelo Reino Unido e pelos Países Baixos.
Este ano marca a primeira vez que uma segunda economia asiática – a República da Coreia do Sul – integra o grupo das 10 principais, ao lado de Singapura.
De acordo com o relatório do IGI, a pandemia não mudou o fato de que o potencial para a inovação e tecnologias revolucionárias continua a ser elevado.
Confira o relatório do IGI completo aqui.
CEO HUB de inovação do Vale, Comunidade Connect, CO-FOUNDER Condor Connect, Administradora, com especialização em Marketing Digital pela faculdade de marketing em São Paulo, empresária, atual nas áreas de consultoria em Gestão de Inovação.